PORTUGAL BRILHA NO MUNDIAL DE PARA SURFING (Surf Adaptado) COM OURO PARA MARTA PAÇO E BRONZE PARA CAMILO ABDULA.
Portugal conseguiu, hoje, em Huntington Beach, Califórnia (EUA), cumprir todos os objetivos a que se propunha no Mundial de Para Surfing, voltando a casa com mais duas medalhas: ouro para Marta Paço e bronze para Camilo Abdula, que desta vez não resistiu ao incrível surf do brasileiro Roberto Pino, que ganhou o ouro com um score total de 16.94 pontos depois de nas meias-finais ter feito dois 10. Incrível! A prata foi para o japonês Shingo Kato e o cobre para o francês Maxime Clarkin.
Marta Paço, que hoje conquistou o seu terceiro título mundial consecutivo na divisão VI 1, mais uma vez, acompanhada pelo seu treinador e também Selecionador Nacional, Tiago Prieto, como spotter (o guia da surfista cega na água), assumiu que este foi o título “mais difícil” da carreira: “Cada medalha é diferente, todos os anos há sentimentos e sensações diferentes, e este título foi o mais difícil dos três que já conquistei, mas tem esse lado de superação e triunfo, com mais esforço para ultrapassar a parte mental. As condições este ano foram muito diferentes, esta onda tem um pouco mais de força do que estou habituada e estimulou mais a minha ansiedade, o que se refletiu nos meus heats. Porém, saio com a sensação de dever cumprido e espero estar aqui de novo para o ano e ainda mais forte.”
“Este título mundial foi o mais difícil dos três que já conquistei” – Marta Paço
Camilo Abdula (foto no topo), por sua vez, não escondeu alguma frustração, mas assumiu que foi “Missão cumprida. O objetivo era chegar à final e consegui-o. Não consegui ser novamente primeiro, mas a competição é assim e os adversários, hoje, estiveram melhor. O mar também estava bonito, mas complicado e não consegui encontrar as minhas ondas, mas é aceitar e… para o ano há mais!”
Finalmente, João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf, fez um balanço naturalmente positivo da prestação da equipa. “Cumprimos todos os objetivos e com aprendizagem dos mais novos da equipa, sobretudo do Afonso que nunca cá tinha vindo. Num ano complicado financeiramente com muita ginástica orçamental e com redobrado apoio dos nossos patrocinadores Gold Energy e do Banco BPI, conseguimos vir aqui fazer o nosso trabalho e esta equipa está de parabéns!”, concluiu.
A Seleção Nacional orientada por Tiago Prieto esteve composta de:
Camilo Abdula – Stand 1
Marta Paço – VI 1
Tomás Freitas – Kneel
Afonso Faria – Prone 2