E não é que o tour fica mais complicado.
O World Championship Tour prepara a perna australiana e com isso, além dos eventos já programados pela World Surf League (Bells Beach 1-11 abril, Margaret River 16-26 abril e Gold Coast 3-13 maio), tenta adicionar mais provas de forma a salvaguardar a época com um circuito que registe, no mínimo, 5 a 6 etapas, e assim possa coroar uma legítimo campeão mundial.
É assim que está o surf profissional face às condicionantes da pandemia de Covid-19 e ainda só vamos em fevereiro.
Com início apontado para abril, a WSL já fez saber que os atletas terão que cumprir uma quarentena obrigatória e submeter-se a testes à chegada ao país (ficando posteriormente confinados durante 14 dias num hotel específico), embora exista atualmente uma proibição de entrada de estrangeiros na Austrália.
No entanto, no mês passado surgiu a possibilidade de realização de um quarto evento em território aussie – nomeadamente, Lennox Head. Acontece que a reunião entre a WSL, as autoridades e representantes da população local, decorrida ontem, não correu da forma esperada e a proposta acabou mesmo por ser declinada.
A alegação foi de que poderiam estar perante um risco inaceitável e escusado de um surto de Covid-19 na comunidade.
Vale, no entanto, relembrar que a Austrália é um dos países que melhor conduziu a questão da pandemia, tendo registado cerca de 30 mil casos da doença e menos de mil mortes até hoje.
Se o circuito mundial já estava com problemas, após o cancelamento/adiamento de Sunset Beach e Santa Cruz, respetivamente, agora parece simplesmente que ficou tudo ainda mais complicado. Para já está a valer a vitória de John John em Pipeline a 21 de dezembro de 2020. xxx
