Presidente da FPS realça época competitiva


“Surfing português é referência para o Mundo”.

Este fim de semana realizam-se as últimas competições e, assim, encerra-se o calendário competitivo nacional. No ano mais desafiante do surfing nacional e internacional, Portugal foi o único país no Mundo a conseguir realizar, em simultâneo, um circuito nacional de surf, um circuito de bodyboard e a distinguir campeões nacionais em todas as modalidades e categorias da Federação Portuguesa de Surf. Uma boa altura para fazer um balanço deste ano louco, pelo que falámos com João Aranha, presidente da FPS, João Aranha.

“Num ano de hecatombe em que tudo nos foi vedado, até o acesso ao mar, fizemos um esforço, em conjunto com outras entidades, para regressar com o surfing, primeiro como forma de lazer, depois com as escolas, elaborámos e colocámos em campo um projeto de formação anti-COVID, em conjunto com a ONG Médicos do Mundo, entidade que nos apoiou desde a primeira hora e nos criou  uma formação de forma a fornecer mecanismos e ferramentas que permitissem lidar com uma pandemia para regressar à normalidade o mais depressa possível”, começa por explicar o dirigente, ligando esse primeiro esforço coordenado ao regresso à atividade desportiva: “Ao mesmo tempo que dávamos estes passos decisivos, organizámos o regresso às competições, tornando Portugal o único país do mundo com competições a funcionar e em que atribuímos todos os títulos, das várias modalidades, com todas as disciplinas e escalões etários consagrados no calendário.”

Um desafio monumental para a Direção da FPS, mas que encontrou em João Aranha o homem certo no lugar certo à hora certa. Antigo colaborador de várias ONGs, entre as quais a Médicos do Mundo, João Aranha tem vasta experiência que colocou ao serviço do surfing nacional.

“Dada a experiência que adquiri ao longo da vida, em que liderei equipas de socorro e emergência em situações de pandemia, sabia que seria possível trilhar um caminho seguro que nos ajudasse a regressar à atividade no mar e realizar circuitos”, explica, elogiando as organizações dos circuitos de surf e bodyboard, aqueles que mobilizaram mais meios e tiveram maior projeção:

É de realçar que os nossos circuitos tiveram grande sucesso internacional, nomeadamente surf e bodyboard, e constituem agora uma referência para alguns países que querem emular o nosso trajeto no regresso a uma normalidade possível.

João Aranha vai mais longe e diz que o exemplo do surfing nacional transcendeu as barreiras do próprio Desporto. “O surf deu um exemplo de maturidade e civilidade, mas também de perseverança, otimismo e resiliência em que toda a sociedade portuguesa se pode rever e inspirar”, refere.

O presidente da FPS propõe agora o desafio de olhar para um amanhã mais risonho em que os desafios não se esgotam: “Para o próximo ano, o nosso bom exemplo vai permitir continuar a trabalhar, realizar os circuitos e eventos internacionais e até servir de mapa para outros países o fazerem. De resto, continuamos com o grande objetivo de qualificar mais atletas para os Jogos Olímpicos e continuar a desenvolver desportos de surfing, desde a base, da formação, até ao topo da mais alta performance. Não fomos derrotados nestes tempos de inimaginável desafio e como tal, em nome do surfing nacional, deixo uma mensagem: contem connosco!” xxx

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