Portugal já tem Seleção Nacional para os ISA World Surfing Games, competição que terá lugar em Huntington Beach, na Califórnia, entre os dias 16 e 24 de setembro e que constitui a primeira etapa no processo de qualificação da equipa portuguesa para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024.
Frederico Morais (Lombos Praia), Guilherme Ribeiro (ASCC), Gui Fonseca (Associação Sealand), Francisca Veselko (Lombos Praia), Teresa Bonvalot (Sporting CP) e Yolanda Hopkins (CN Portimão) foram os eleitos do Selecionador Nacional David Raimundo para este desafio. Estão assim encontrados os seis melhores surfistas nacionais que irão representar Portugal nesta prova que será o primeiro passo decisivo para as aspirações olímpicas portuguesas.
“Depois do enorme sucesso do último ciclo olímpico, vamos finalmente iniciar o processo e qualificação para Paris 2024”, afirma o Selecionador Nacional David Raimundo, acrescentando que “Estou muito motivado e confiante que vamos voltar a estar presentes nos Jogos Olímpicos. Este campeonato tem em disputa apenas duas vagas (uma por categoria) mas Portugal vai fazer de tudo para lutar até ao fim por essas vagas. Sabemos que dos três momentos de qualificação, este vai ser o mais difícil, mas acreditamos na nossa qualidade. Já provámos em anos anteriores que somos uma das melhores seleções do Mundo.”
O Selecionador Nacional David Raimundo, que não poderá acompanhar a Seleção Nacional aos EUA devido a compromissos familiares inadiáveis, será substituído pelo seu parceiro e assistente de longa data Nuno Telmo, um reputado treinador de atletas de alta competição, credenciado pela FPS e que conta com o apoio e confiança de todos os surfistas escolhidos, equipa técnica e da direção da Federação.
Segundo Nuno Telmo, “esta é uma maratona em que temos de atuar como uma máquina bem oleada durante vários dias, partilhando o mesmo espaço e o mesmo espírito e objetivos comuns. Queremos começar a garantir para Portugal as vagas olímpicas para 2024, esse é o estado de espírito de toda a equipa. E tenho muita confiança que vamos fazer ainda melhor que em Tóquio 2020, em que conseguimos três vagas.”
Este Mundial de Seleções é, segundo a comunicação oficial da International Surfing Association a “primeira paragem” rumo a Paris, mas a verdade é que, nos Jogos Olímpicos, os surfistas não irão competir na capital francesa, mas antes no território francês do Taiti.
As provas acontecerão na famosa onda de Teahupoo, um dos spots mais espetaculares e desafiantes do surf mundial, em que as suas ondas tubulares de características únicas quebram sobre uma rasa bancada de coral. Este cenário gera grandes expetativas para a prova olímpica entre todos os atletas que querem estar presentes pois exige que a aptidão para manobras intensas como o tubo seja uma característica forte entre os eleitos.
O processo de qualificação em que Portugal vai entrar é jogado em várias frentes desde este momento até 2024 e, para já, só não inclui a vaga da WSL, destinada ao top 10 masculino e top 8 feminino do World Tour, já que Portugal não tem, este ano, qualquer representante nestas provas.
Em 2022 e 2024, as equipas vencedoras dos World Surfing Games podem qualificar um atleta de cada género; em 2023, os melhor classificados de cada continente (Europa, África, Ásia e Oceania) conquistam uma vaga por género, num total de quatro homens e quatro mulheres, sendo que a vaga do continente americano fica por conta dos Jogos Pan-americanos. E, finalmente, em 2024, qualificam-se o top 5 masculino e o top 7 feminino dos World Surfing Games. A isto, acrescem duas vagas para França enquanto país organizador e uma vaga “universal” para o COI. xxx
