O primeiro-ministro está a receber, esta sexta-feira, em São Bento, os partidos com representação parlamentar para procurar um consenso para a adoção de medidas imediatas de combate à pandemia de Covid-19, que tem registado um continuado aumento em Portugal – bateu hoje novos recordes!
Depois de Rui Rio, foi a vez de Catarina Martins ser recebida por António Costa. Após o encontro, a líder do Bloco de Esquerda salientou que “o Estado de Emergência é uma medida de última linha”, com limitações, nomeadamente, temporais, já que apenas pode vigorar durante 15 dias e prevê-se que a pandemia esteja para durar.
“Lembro que o estado de emergência é uma medida de última linha, que tem uma vigência de 15 dias e que esta pandemia vai demorar longos meses. É desejável e possível encontrarmos outros mecanismos para tomar medidas que possam proteger a população”, justificou, no final de uma reunião de perto de uma hora com o primeiro-ministro, António Costa.
Ontem, Portugal ultrapassou os 4 mil casos diários de infeção com o novo coronavírus, registando 4.224 novos casos, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde, que contabilizou também 33 mortos associados à doença Covid-19.
Em alternativa, procuram-se, portanto, outras medidas que sejam mais viáveis, eficazes e passíveis de serem aprovadas pela Assembleia da República, mas que visem sempre uma resposta capaz durante um período prolongado. Até porque a pandemia de Covid-19 não vai desaparecer da vida dos portugueses tão cedo.
Dito isto, será de esperar que os portugueses não serão novamente sujeitos a um confinamento como aquele que se viu em março, mas a um apertar claro de regras onde poderá até estar em causa a proibição da prática de surfing. Será? Recorde-se que, atualmente, a situação já é limitativa com a proibição de deslocação entre concelhos.
As medidas a tomar pelo Governo serão depois anunciadas por António Costa, no sábado, no final de uma reunião do Conselho de Ministros extraordinária. Vamos cruzar os dedos. xxx