Sinal positivo de Adriano de Souza no regresso à competição 


A emblemática praia de Manly Beach debitou ondas perfeitas e clean em torno de 1 metro no arranque do Sydney Surf Pro, o primeiro Challenger Series do calendário 2020 que se realiza na Austrália e se estende até ao próximo dia 14 de março. 

Depois de ter passado uma boa parte de 2019 no estaleiro, a recuperar de uma lesão, Adriano de Souza regressou pela porta da frente ao mundo da competição. O veterano brasileiro, campeão mundial em 2015, iniciou o Sydney Surf Pro a dar um sinal claro de que está em boa forma e motivado. 

Mineirinho mostrou as suas valências no Round 2 ao dominar as águas de Manly e a bateria em que esteve envolvido, assegurando a vitória no Heat com um total pontual de 13,07. O local Mitch Crews foi segundo classificado, mas avançou em conjunto com o brasileiro à fase seguinte. 

Para o antigo campeão mundial, atualmente com 33 anos, este tão ambicionado regresso oferece uma sensação diferente uma vez que compete em Sydney desde os seus 16 anos e na região já venceu alguns eventos do QS e também um mundial Pro Junior. 

“Esta vez é diferente para mim”, começou por dizer. “Estou um pouco mais velho e estou a competir com atletas bem mais novos”, explicou.

“Eu viajei para a Austrália este ano a 3 de janeiro e desde então tenho-me focado muito na perna australiana onde espero conseguir bons resultados e iniciar 2020 da melhor forma. Aqui sinto-me em casa, especialmente em Sidney e as praias a norte da região que têm sido muito boas para a minha carreira.”

Liam O’Brien (Austrália), Leonardo Fioravanti (Itália), Hiroto Ohhara (Japão) e Charly Martin (França) foram alguns dos destaques do dia. Este último, graças a power carves e arsenal aéreo (14,17 pts), acabou por afastar Jack Freestone (11,06 pts), surfista australiano da elite, da grelha competitiva.

O português Vasco Ribeiro, na mesma bateria, assegurou o segundo lugar, com um convincente score de 13,33 pontos, e avançou de forma folgada para o Round 3 onde vai encontrar agora dois zucas, Willian Cardoso e Adriano de Souza, e ainda o uruguaio Marco Giorgi. 

Como a ronda 2 ficou praticamente a meio, só avançou até ao Heat 10, Frederico Morais ainda não entrou em ação na competição, mas, quando chegar a sua hora (Heat 17), terá que lutar pela qualificação com o havaiano Cody Young e os australianos Jordan Lawler e Jackson Baker. 

* Aproveite e veja aqui o calendário da Challenger Series (antigos QS10,000) previsto para este ano. 

Foto: WSL/Dunbar 

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