João Dantas faz 8.º lugar no mundial de Longboard


Portugal termina em sétimo no Mundial de Longboard ISA, a melhor classificação de sempre.

Portugal fez história em El Salvador, no Mundial de Longboard ISA (International Surfing Association), alcançando o sétimo lugar da geral após a eliminação de João Dantas na sétima ronda de repescagens, o que garante o oitavo lugar individual ao longboarder do Surfing Clube de Portugal.

João, o último longboarder em prova de uma Seleção que integrou o seu irmão António Dantas, Inês Martins e Raquel Bento, fez uma grande prestação, ficando a faltar uma onda de qualidade para juntar ao 7,33 que conseguiu já perto do final da bateria.

Dantas ainda apanhou uma onda que, assume, pensava estar dentro do período regulamentar da bateria, mas que não foi considerada.

“É uma frustração enorme chegar até aqui e falhar por dois segundos, com uma onda que acabou por não contar. Surfei o melhor que consegui e pensei que tinha feito o segundo score que precisava. Fico contente de ter chegado até aqui, mas queria ter ido mais longe. Vou ter de ganhar balanço para os próximos compromissos, o Eurosurf [em julho] e os Beach Games [em Agosto]”, afirmou o atleta luso.

De facto, este resultado garante o apuramento de Portugal para os Beach Games da Association of National Olympic Comitees (ANOC) que terá lugar em Bali, Indonésia, em agosto, sendo que a Seleção ainda tentará o título europeu da European Surfing Federation, em Santa Cruz, Portugal.

Objetivos que o técnico nacional João Ferreira também refere no meio do balanço deste campeonato Mundial: “Fazemos um balanço muito positivo desta participação. Tivemos aqui a melhor classificação de sempre da Seleção Nacional num Mundial de longboard. Ainda por cima, o mais competitivo de sempre, com o nível mais elevado e com o maior número de participantes [33 países, 114 atletas]. Sublinho o desempenho dos irmãos Dantas, que estiveram entre as figuras do campeonato, a darem espetáculo. Contudo, agora é altura de virar o foco para o Eurosurf e os Beach Games, o trabalho não vai parar.”

Também João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf e líder da comitiva em El Salvador, elogiou o trabalho da sua equipa e dos responsáveis pelo desenvolvimento da modalidade que luta com dificuldades de vária ordem. “Conseguimos uma verdadeira proeza numa prova muito difícil em que todos apresentaram um nível incrível e garantimos qualificação para os Beach Games da ANOC. Este resultado histórico mostra o mérito do trabalho dos clubes e treinadores e da própria federação que, apesar de orçamentos limitados, continuam a lutar para dar as melhores condições a estes magníficos atletas”, afirmou.

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